Outras coisas

domingo, 20 de março de 2011

(Quase) todos os fins de semana entro em conflito pela minha mãe por uma questão: MISSA.

Fui educada na fé cristã, fiz a catequese até ao 9º ano, fiz todos os sacramentos, durante um ano auxiliei a minha antiga catequista... Mas nos últimos tempos perdi a ligação a tudo isso. Mas nunca o assumi perante a minha mãe porque sei que iria causar-lhe uma grande desilusão.
Muitas vezes vou à missa ao sábado à tarde só para fazer-lhe a vontade. Quando não vou ao sábado á tarde acabo por não ir no domingo e digo sempre que vou à noite quando regressar à capital.A verdade é que acabo sempre por não ir.

Ontem dormi a tarde toda, não fui. Hoje a minha mãe estava á espera (porque acordei cedo) que eu a acompanhasse. Mas não, não fui.
E aqui começou o conflito.

Por um lado sinto-me mal por a estar a enganar, por outro cada vez menos sinto qualquer ligação à religião, e é como se estivesse a deixar de parte algo que os meus pais me transmitiram.
(O Padre da paróquia também não motiva ninguém, é um ser vazio, com o diálogo sem conteúdo)

Para não falar nos fins de semana em que chocamos porque quer fazer-me rezar o terço em família.
Estar a ir contra estes princípios, que me os pais me transmitiram, e afrontá-la faz-me alguma confusão.

O que eu noto (e os meus irmãos também, só que eles estão longe) é que a minha mãe, cada vez mais, vive em função da Igreja. Depois do problema de saúde e da operação ficou ainda mais apegada com Deus e à religião. Eu respeito e aceito. Sei que isso deixa-a feliz e muito mais completa. Vive num meio pequeno em que não há muitas pessoas, nem há muito para fazer, e a sua ocupação passou a ser a Igreja. Dá catequese, faz parte de uns grupos da paróquia e com isso mantém-se ocupada e activa. Eu acho bem, senão estaria todo o dia em casa, sem falar com ninguém e isso seria uma doença.

Agora eu...

2 comentários:

  1. Se não tens a mesma ligação deverias dizer-lhe, de certeza que ela compreende.

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  2. É natural que, quem tem muita ligação à Igreja, não entenda que alguém o possa não ter. Porque é uma "coisa" a que se agarram para os ajudar no dia a dia e não compreendem como alguém é capaz de viver sem essa fé. Eu acredito em Deus, mas a Instituição "Igreja" não me diz muito, porque a maioria espelha um "olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço"! mas respeito quem segue, quem vai..., desde que não me "coajam" a ir. Se algum dia eu decidir começar a frequentar a Igreja, tem de ser porque sinto necessidade de o fazer e não pelos outros. A tua situação é complicada porque é directamente com a tua mãe e tenta-se sempre não magoar os nossos progenitores, mas ela também deveria entender que és "grandinha" o suficiente para fazeres as tuas opções sem seres pressionada. Beijos

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