Precisamente a meio da Formação, confesso que não era bem isto que eu estava à espera.
Primeiro e segundo dia, achei bastante interessante. Mas depois comecei a achar monótono isto de todos os dias ter que encarar uma personagem que não tem nada a ver comigo. Por exemplo, andar pela sala e pensar que ando a passear pela rua e ao encontrar alguém (colega de formação) emitir uns sons um tanto ou quanto estranhos e expressar-me apenas com o rosto. Manter um diálogo com alguém, em que eu só digo vogais e a outra pessoa números de 0 a 9. Cantar o "Atirei o pau ao gato" com uns sons estranhos emitidos pelo nariz ao mesmo tempo que movimento a boca como se estivesse a mascar uma pastilha elástica gigante. Aquecer a voz. Respiração diafragmática.
Só vendo as figurinhas que tenho andado a fazer naquela sala de formação. A parte boa é que acabaram-se essas figurinhas tristes, a parte má é que tenho que preparar a minha autoscopia este fim de semana pois 2ª e 3ª são as autoscopias. 4ª, 5ª e 6ª são as visualizações.
Bem... mas pensando bem penso que a formadora deve continuar a fazer estes exercícios de higiene vocal (sim isto existe) connosco no inicio de cada sessão. What?
Várias vezes pensei: Não tenho paciência para isto. Vou desistir.
Mas não, lá fui continuando. Seria melhor enfrentar isto como um desafio à minha pessoa, à minha capacidade de lidar com situações que não me identifico e ter a capacidade de me adaptar e lutar contra esta minha falta de expressividade.
Por outro lado pensei: Este curso é financiado. Com certeza há pessoas que se inscreveram e não foram seleccionadas, se eu desistir agora ficará uma vaga por preencher e não seria justo.
Também pensei: Sempre são 30h que ficam já no currículo para quando necessitar de renovar o CAP.
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